Vitória - um ano em casa

Dia 29 de outubro de 2011, foi o dia da alta hospitalar de Vitória, foi um dia e tanto, às 7 horas e pouquinho da manhã eu já estava na UTI, para conferir o peso dela e ver como ela estava, e ela tinha 1710 kg, peso minimo para receber a alta, então fui tranquila terminar de organizar as coisas e também Heitor e Cecília, pois a viagem seria longa.

Tirei Vivi do hospital diretamente para casa, eu morria de saudades da nossa casa, dos amigos, da nossa família, não via a hora de chegar esse momento, e enfim chegou, foi um dia super cansativo, por que não parei, era uma correria só, fiquei esperando a médica responsável por Vivi para assinar a alta, e ela só veio chegar quase três horas da tarde, mas enfim pude pegar minha neguinha, aliás eu não, mais uma vez quem levou do hospital para o apartamento foi o papai eu só acompanhei.

Inesquecível (ainda com a sonda)...

Vitória passou 52 dias internada, ela nasceu muito pequenininha, mas é dona de uma força e vontade surpreendentes, é capaz de seduzir com o olhar, sorriso doce e fácil, deixa logo todo mundo apaixonado, e assim minha bonequinha chegou em casa.

Ela tinha todas as cateterísticas de um bebê prematuro, a cabeça grande para o corpo, os olhos grandes para o rosto, a cabeça achatada por ter ficado um mês na mesma posição, e como se já não bastasse ainda perdeu os cabelinhos das laterais da cabeça quando foram tirar os adesivos que seguravam os óculos, era tão pequena que depois me confidenciaram que tinham até medo de pegá-la no colo!

Já em casa, dia seguinte da alta.

Hoje é uma gordinha sapeca, inteligente e meiga.

É caretinha que não acaba mais...

Há um ano tudo o que escrevi até aqui nesse blog parecia incapaz de acontecer, parecia que não se concretizaria, eu tinha medo de não poder viver esses momentos que vivo hoje, parecia tudo tão distante e impossível, mas enfim chegou nossa vez, vivo uma realidade paralela, tenho três filhos saudáveis e abençoados, não existe mais casa vazia em momento algum, imaginem coração, esse sim está completamente preenchido, e quando penso: pronto, chegou ao limite... ele ainda consegue se expandir e abrir imensos espaços para que meus filhos entrem ainda mais, isso me faz feliz!

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Curiosidades

Como acontecem as coisas por aqui, em qual ordem?!?!

• Geralmente um acorda e começa a conversar, os demais ouve o menor ruído e já acordam (o interessante é que se alguém acordar ou chorar durante a noite os outros não acordam), Cecília e Vitória começam a rir uma da outra, e logo param quando a fome fala mais alto, aí é a hora de papai e mamãe agirem...
• Heitor é o primeiro a tomar o banho antes do almoço, por que consegue aguardar mais tempo na cadeira de refeição, e claro Cecília é a última, por motivos óbvios...
• Heitor e Vitória depois que pegam a chupeta, é uma benção, rapidinho dormem, sem trabalho algum, já Cecília... só depois de muito barulho, muita conversa, e muito: Cadê o dedinho Ceci? Que ela se rende.
• Heitor não toma mais leite depois do almoço, nem depois da janta, agora é um rapazinho.
• Cecília é muito carinhosa, beija muito os irmãos, é lindo de se ver, ela chega pertinho deles em qualquer parte do corpo abre a boca e dá uma lambida, isso mesmo, o beijo dela é uma lambida, rs.
• É interessante a cumplicidade deles, quando se olham, nos olhos, riem muito, chegam a gargalhar.
• Heitor chora quando o nosso labrador sai de perto dele, chora mesmo.
• Ele é mandão demais, só fala com tom de voz de quem está dando uma ordem, é um tal de : teeenta (senta), eenta (entra), qui (aqui), e por aí vai... ele fala essas coisas para os cachorros, é cheio de moral.
• Heitor desliga e liga a televisão, sobe no rack junto com Vitória, sobe também no portão, ele é destruidor total, tudo que pega joga no chão com força.
• Já Cecília brinca sozinha, tem horas que parece que é filha única, fica muito tempo entretida sozinha, fala muito, mais infelizmente não entendemos quase nada, a boca dela não funciona na mesma velocidade do cérebro.
• Os três fingem que espirram, que tossem, que se engasgam, é tanto ôpa e saúde, que cansa.
• Vitória faz careta, diz não com a cabeça e com o dedinho, manda beijo, engatinha na velocidade da luz...

De tudo que eles aprendem e fazem, o que acho mais lindo é a interação entre eles, o carinho que existe é evidente, espero que sejam bons amigos sempre, bons irmãos, bons companheiros!
Posso está errada mais não gosto de separá-los, essa história de um vai para um canto e os outros para outro é inconcebível para mim, pois vejo que eles se completam, dois não tem graça alguma, imaginem apenas um.

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Meu Heitor - ontem e hoje

Hoje faz um ano que meu filhão saiu da UTI, depois de longos 38 dias, pude levá-lo para casa, foi unir-se a Ceci, na verdade quem o levou foi o papai, eu só acompanhei, quando eu trouxe Ceci do hospital era uma quarta - feira e Bruno não estava em Fortaleza, mas com Heitor foi num sábado e ele estava lá sim, e fez questão de pegar ele no colo e levá-lo para nossa casa provisória.

E claro que hoje se torna uma data inesquecível em nossas vidas, estávamos cada vez mais próximos de juntar os três em casa, essa era nossa maior expectativa.

Esse vídeo abaixo mostra um pouco do sofrimento enfrentado por ele, e mostra também quanto ele é forte e capaz, é assim que o vejo, como um homem forte e determinado.

E esse vídeo aí abaixo mostra um pouquinho, mais só um pouquinho mesmo de quem é meu Tozão hoje.

Repito a mesma frase de outro post que fiz para ele: O bebê do segundo vídeo não lembra em nada o do primeiro vídeo, não é mesmo?!

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Final de semana das Crianças

Finalmente fizemos a nossa primeira viagem, fomos a Natal, fica a quase 300 km de distância da nossa cidade, mas apesar da distância foi uma viagem tranquila, eles se comportaram muito bem, tanto na ida quanto na vinda, e nos impressionou mais uma vez, por serem tão calmos e educados.

Na saída para Natal

Aproveitando a noite das crianças, minha Vivi.

Papai e as bonecas em seus novos brinquedos.

Tozão experimentando o brinquedo novo com tia Leila.

E claro que estou super orgulhosa, afinal tenho uma galerinha muito comportada.

Tozão, tio Paulinho e o senhor lá atrás fazendo farinha, rs.

Ô a galerinha no burrinho

Vivi e tia Mazinha

Tozão só fazendo novas amizades.

Quando estávamos de saída para apresentar o mar aos trigêmeos.

Nós duas e o Morro do Careca.

A Ceci achou tudo lindo, ficava comemorando, mas não queria ficar no chão, não quis contato nenhum com o mar.

Já Vivi ficou super feliz, adorou...

Tozão queria comer areia e beber água, rsrs.

Passeandooo

Vivi e tia Mazinha

Papai e mamãe ilhados por bebês, amo demais! (Uma das poucas vezes que Ceci ficou no chão)

Cartão Postal

Ela não parava, andou muito.

Foi muito bom, mas tínhamos que voltar...

Os três se fortalecendo para as mais de três horas de viagem.

Quando decidimos ir viajar com os três claro que fiquei apreensiva, afinal era uma viagem longa, eu tinha medo do percurso, pois eles nunca tinham ficado tanto tempo dentro de um carro, mas correu tudo bem.

Em relação a bagagem levei muita coisa, mas como sempre faço, tento escolher o que realmente é necessário, mesmo assim ainda levei seis mudas de roupas para cada um, seis fraldas de tecido para cada um, duas toalhas para cada, três pares de sapato também para cada, um pacote de fralda jumbo, duas latas de leite de 800 gramas, 12 mamadeiras de vários tamanhos, copos, colheres de silicone, remédio (os mais usados), biscoito, e o principal, levei o almoço deles congelado para os dois dias, pois sabia que não teria tempo para preparar, nem queria bagunçar essa refeição deles.

O que mais nos surpreendeu foi na sexta (dia das crianças), eles terem ido dormir por volta das 22 horas (eles dormem todos os dias em torno das 19 horas), sem abuso algum, estavam muito animados, fomos ao shopping e estava super lotado, mais nada chateou os três, minha galerinha está crescendo, e rápido... já estamos nos programando para a próxima viagem que será daqui a um mês!

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Minha Cecília era assim...

No dia 05 de outubro tenho que comemorar um segundo aniversário de Cecília, foi o dia que ela recebeu alta da UTI, o dia que a levei para a nossa casa provisória em Fortaleza, foi a primeira noite que tive companhia.  Recordo que na noite anterior, estava tão ansiosa pelo dia seguinte que passei em claro, orando e pedindo que se fosse uma coisa boa para ela que Dra. Tereza (Neonatologista) desse a alta, tinha tanto medo de levá-la para casa e por qualquer motivo ter que devolvê-la para a UTI, que fiquei super ansiosa.

Primeiro banho, em casa...

No dia que ela saiu (exatamente com  quatro semanas de vida) quem estava passando a semana comigo em Fortaleza era minha irmã - Yáskara, ficamos o dia todo "lambendo" minha cria, Yáskara tirava fotos como uma louca, ela mal se mexia e já tinha inúmeras fotos, foi mágico, eu estava entorpecida de tanta emoção, nesse dia fiquei sem vontade de voltar para o hospital, para ver Heitor e Vitória, tinha medo que quando eu voltasse ela não estivesse mais lá, me esperando, aos poucos fui me acostumando com a presença dela, com a facilidade que era tê-la, ali bem pertinho.

Como estou recordando, abaixo tem um vídeo da primeira vez que pude colocá-la no colo, senti-la em meus braços, aos 11 dias de nascida.

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